A
atual greve da educação federal traz desafios para o movimento estudantil em um
contexto que a principal entidade estudantil, a União Nacional do Estudentes
(UNE), está alinhada com o governo Federal, apoiando todos seus programas de
reforma do ensino, e se portar como uma secretaria de juventude do governo.
Como resposta a este processo de degeneração da UNE, já em curso nos anos 90 e
consolidada durante o governo Lula, que se inicio a construção da Rede
Estudantil Classista e Combativa (RECC). Neste sentido, a GREVE deve servir
para: 1) avançar na luta pelas demandas dos estudantes, fundamentalmente, de
origem trabalhadora; 2) aumentar sua organização e 3) avançar nas práticas de
ação coletiva em aliança com outros trabalhadores.
É fundamental nos organizamos e termos
disposição para a luta. A RECC
se propõe, enquanto corrente do Movimento Estudantil brasileiro, reorganizar
pela base o estudantado sob novos eixos, opostas às concepções e direções
governistas (PT/PCdoB- UNE) e para-governistas (PSTU/PSOL/PCB) que atualmente o
hegemonizam. Guiando-se pelos princípios do classismo, anti-parlamentarismo e
anti-eleitoralismo, AÇÃO DIRETA, autonomia frente a partidos, governos e
empresas, e democracia de base, a RECC vem se construindo e crescendo pouco a
pouco mas firmemente por quase 3 anos nos nosso locais de estudo. Acreditamos
que está provado pela prática, o quanto o modelo organizacional burocrático e
eleitoreiro/parlamentar são incapazes de servir de instrumento de luta para os
estudantes de origem proletária para tirarmos a educação das mãos dos
capitalistas e colocá-la a serviço dos trabalhadores e de nossa causa, numa
aliança que só trará vitória e mais força para aplacar os inimigos. Da mesma
forma, não demonstram sucesso as linhas políticas orientadas para atender a
todos os estudantes oriundos de todas os grupos sociais na universidade, o que
chamamos de POLICLASSISMO, estes sintetizados pela ultra-governista UNE, e pela
débil e vacilante oposição da ANEL. É preciso que os estudantes pobres, filhos
de trabalhadores, os estudantes trabalhadores, se unam numa perspectiva DE
CLASSE, trabalhadora, dentro da universidade.
Convidamos
todos/as a construir conosco um grande pólo anti-governista capaz de resistir
ativamente aos ataques do capitalismo e de seu Estado! Convocamos os estudantes
e lutadores do povo a juntar-se a nós, organizando-se em cada local de estudo
pelo Rio de Janeiro, em cada luta específica ou geral, aplicando os princípios
e práticas que rompam com o governismo, legalismo e corporativismo. Só nos
unindo pela base e pelas lutas de fato conseguiremos reverter essa situação,
nos solidarizarmos de maneira efetiva com as lutas internacionais e alcançar,
de pequena vitória à pequena vitória, grandes conquistas. Avante!
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