quinta-feira, 14 de junho de 2012

ORGANIZAR PRA LUTAR, LUTAR PRA ORGANIZAR!


A atual greve da educação federal traz desafios para o movimento estudantil em um contexto que a principal entidade estudantil, a União Nacional do Estudentes (UNE), está alinhada com o governo Federal, apoiando todos seus programas de reforma do ensino, e se portar como uma secretaria de juventude do governo. Como resposta a este processo de degeneração da UNE, já em curso nos anos 90 e consolidada durante o governo Lula, que se inicio a construção da Rede Estudantil Classista e Combativa (RECC). Neste sentido, a GREVE deve servir para: 1) avançar na luta pelas demandas dos estudantes, fundamentalmente, de origem trabalhadora; 2) aumentar sua organização e 3) avançar nas práticas de ação coletiva em aliança com outros trabalhadores. 
            É fundamental nos organizamos e termos disposição para a luta. A RECC se propõe, enquanto corrente do Movimento Estudantil brasileiro, reorganizar pela base o estudantado sob novos eixos, opostas às concepções e direções governistas (PT/PCdoB- UNE) e para-governistas (PSTU/PSOL/PCB) que atualmente o hegemonizam. Guiando-se pelos princípios do classismo, anti-parlamentarismo e anti-eleitoralismo, AÇÃO DIRETA, autonomia frente a partidos, governos e empresas, e democracia de base, a RECC vem se construindo e crescendo pouco a pouco mas firmemente por quase 3 anos nos nosso locais de estudo. Acreditamos que está provado pela prática, o quanto o modelo organizacional burocrático e eleitoreiro/parlamentar são incapazes de servir de instrumento de luta para os estudantes de origem proletária para tirarmos a educação das mãos dos capitalistas e colocá-la a serviço dos trabalhadores e de nossa causa, numa aliança que só trará vitória e mais força para aplacar os inimigos. Da mesma forma, não demonstram sucesso as linhas políticas orientadas para atender a todos os estudantes oriundos de todas os grupos sociais na universidade, o que chamamos de POLICLASSISMO, estes sintetizados pela ultra-governista UNE, e pela débil e vacilante oposição da ANEL. É preciso que os estudantes pobres, filhos de trabalhadores, os estudantes trabalhadores, se unam numa perspectiva DE CLASSE, trabalhadora, dentro da universidade.
                Convidamos todos/as a construir conosco um grande pólo anti-governista capaz de resistir ativamente aos ataques do capitalismo e de seu Estado! Convocamos os estudantes e lutadores do povo a juntar-se a nós, organizando-se em cada local de estudo pelo Rio de Janeiro, em cada luta específica ou geral, aplicando os princípios e práticas que rompam com o governismo, legalismo e corporativismo. Só nos unindo pela base e pelas lutas de fato conseguiremos reverter essa situação, nos solidarizarmos de maneira efetiva com as lutas internacionais e alcançar, de pequena vitória à pequena vitória, grandes conquistas. Avante!

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