No
início de Maio, o Governo do Estado-RJ começou a implementar o PROEIS(Programa
Estadual de Integração da Segurança) que é um convênio entre a Secretaria de
Estado de educação e a Secretaria de Estado de segurança. Nós estudantes
estamos portanto diante de mais um ataque aos nossos direitos, assim como do
evidente aumento da repressão à organização estudantil.
Este programa de governo promove a
presença de policiais militares armados, dentro das escolas. A mesma PM que
assassina jovens trabalhadores nas
favelas e periferias, que arromba a casa de moradores inocentes, que mais mata
no mundo, é a que estará diariamente patrulhando os corredores de nossas
escolas. 90 unidades escolares foram inicialmente escolhidas(com o conhecimento dos Diretores)
para iniciar o programa. Essas escolas concentram estudantes pobres, filhos de
trabalhadores e muitos moradores de comunidades, isso demonstra a extensão da
vigilância repressiva contra o povo ,desde suas casas ate as escolas. A
juventude da classe trabalhadora é tratada como um risco constante.
A PM nas escolas poderá revistar os
estudantes e até intervir em casos de Bullyng, mas alertamos que existem
profissionais especializados para isso, como assistentes sociais, psicólogos,
orientadores educacionais, dentre outros, que não incluem a polícia, ou seja ao
invés do Governo investir em contratação de profissionais qualificados e melhor
estrutura para as escolas e a educação como um todo, trata as escolas como
depósito de jovens e a educação para os
pobres como caso de polícia. Esse é mais um absurdo que não podemos permitir!
Estão
sendo gastos 2 milhões em policiamento, enquanto escolas caem aos pedaços,
faltam professores e pessoal técnico-administrativo, baixos salários,enfim
péssimas condições de ensino e trabalho.
Nesse
sentido, este acordo representa a total militarização de nossas escolas, a
contínua perda de autonomia da comunidade escolar (já em risco com o SAERJ e Saerjinho), o
cerceamento da liberdade de expressão e organização dos trabalhadores e estudantes.
Devemos
repudiar tal convênio e lutar pela sua revogação imediata.
Revistar estudantes não! Não
podemos permitir o constrangimento forçado, ou seja devemos continuar a nos
organizar e manter firme os Grêmios estudantis, iniciar uma campanha por investimento
pra educação e não pra repressão e exigir a saída da polícia de nossas escolas
já!
Abaixo o PROEIS!
Fora
a Polícia das Escolas!
Dinheiro para
educação e não para a repressão!
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