quinta-feira, 14 de junho de 2012

SEM O PASSE LIVRE DE VERDADE ESTAMOS SOFRENDO A GUETIFICAÇÃO



As cidades contemporâneas, e as não tão contemporâneas, são construídas em cima de uma base de exploração de mão-de-obra e de elitização que exclui a grande maioria dapopulação do acesso a serviços e bens sociais indispensáveis para a vida, lazer, saúde, emprego e bemestar em geral. É evidente e fácil de observar e entender isso ao visitar um bairro pobre, para começar, é longe, àsvezes é necessário mais de um transporte, o que não é barato e tem péssima qualidade e é aí que a falta de umpasse livre colabora para a formação de guetos.


A classe trabalhadora é expulsa para as áreas distantes e sem infraestrutura por uma força de mercado. Uma vez que o direito a moradia se torna privilégio devido a sua mercantilização os setores mais explorados moram nos piores lugares pois esses são mais baratos. Essas pessoas estão condenadas pela sociedade a viver assim até a morte,aliás, a morte não, vivos geram mais lucros através de seu trabalho, impostos e consumo. Se bem que pode-se cobrar para mante-los vivos e saudáveis.


Então, além de morarem nos piores, mais violentos(violência reforçada pela brutalidade policial, muito bem
direcionada para este lugar estigmatizado) e mais afastados(espacialmente e socialmente) lugares, essas pessoas são impedidas pelo sistema de transportes de sequer pisar onde moram os ricos ou onde a oferta dos bens sociais estão. Esse é mais um argumento, entre tantos outros, que justificam a necessidade IMEDIATA do passe-livre e de um transporte público EFETIVAMENTE PÚBLICO, ou seja, de graça, principalmente para estudantes, desempregados e outros setores que sofrem mais com isso.Transporte bom e de graça não acontece, não por que é impossível economicamente (economia de quem, aliás?Não para essas pessoas), mas por uma decisão de governo que tem seus interesses completamente atrelados e em uníssono com a máfia agressiva e lucrativa das empresas detransporte no País. É em benefício financeiro e político dessa máfia que os transportes são caros e horríveis. No aspecto mais geral isso beneficia todo o sistema de acumulação de capitais assim como toda a medida que ataca o direito e bem-estar dos trabalhadores e os condenando a prisão em céu aberto que é o gueto, pelo simples crime de nascer pobre.

Não precisa ser assim. É necessário modificar isso, para nós trabalhadores, é indispensável quebrar mais essa corrente.Há um inimigo, essa máfia não abrirá mão facilmente de seus privilégios retirados de nosso sofrimento, ela precisa ser desmantelada e qualquer acordo com ela nos trairá posteriormente, como tem sido sempre. É uma necessidade deles aprofundar essa situação para não ficar para trás nos negócios e, assim, deixar de existir enquanto máfia.
A arma que nós temos é a disposição e a solidariedade e clamamos a você trabalhador que seja solidário e se ponha à disposição dessa luta.

PASSE LIVRE JÁ!
GUETO É PRISÃO!
MEIO PASSE É ENGANAÇÃO!
ABAIXO A MÁFIA DOS TRANSPORTES!



ORGANIZAR PRA LUTAR, LUTAR PRA ORGANIZAR!


A atual greve da educação federal traz desafios para o movimento estudantil em um contexto que a principal entidade estudantil, a União Nacional do Estudentes (UNE), está alinhada com o governo Federal, apoiando todos seus programas de reforma do ensino, e se portar como uma secretaria de juventude do governo. Como resposta a este processo de degeneração da UNE, já em curso nos anos 90 e consolidada durante o governo Lula, que se inicio a construção da Rede Estudantil Classista e Combativa (RECC). Neste sentido, a GREVE deve servir para: 1) avançar na luta pelas demandas dos estudantes, fundamentalmente, de origem trabalhadora; 2) aumentar sua organização e 3) avançar nas práticas de ação coletiva em aliança com outros trabalhadores. 
            É fundamental nos organizamos e termos disposição para a luta. A RECC se propõe, enquanto corrente do Movimento Estudantil brasileiro, reorganizar pela base o estudantado sob novos eixos, opostas às concepções e direções governistas (PT/PCdoB- UNE) e para-governistas (PSTU/PSOL/PCB) que atualmente o hegemonizam. Guiando-se pelos princípios do classismo, anti-parlamentarismo e anti-eleitoralismo, AÇÃO DIRETA, autonomia frente a partidos, governos e empresas, e democracia de base, a RECC vem se construindo e crescendo pouco a pouco mas firmemente por quase 3 anos nos nosso locais de estudo. Acreditamos que está provado pela prática, o quanto o modelo organizacional burocrático e eleitoreiro/parlamentar são incapazes de servir de instrumento de luta para os estudantes de origem proletária para tirarmos a educação das mãos dos capitalistas e colocá-la a serviço dos trabalhadores e de nossa causa, numa aliança que só trará vitória e mais força para aplacar os inimigos. Da mesma forma, não demonstram sucesso as linhas políticas orientadas para atender a todos os estudantes oriundos de todas os grupos sociais na universidade, o que chamamos de POLICLASSISMO, estes sintetizados pela ultra-governista UNE, e pela débil e vacilante oposição da ANEL. É preciso que os estudantes pobres, filhos de trabalhadores, os estudantes trabalhadores, se unam numa perspectiva DE CLASSE, trabalhadora, dentro da universidade.
                Convidamos todos/as a construir conosco um grande pólo anti-governista capaz de resistir ativamente aos ataques do capitalismo e de seu Estado! Convocamos os estudantes e lutadores do povo a juntar-se a nós, organizando-se em cada local de estudo pelo Rio de Janeiro, em cada luta específica ou geral, aplicando os princípios e práticas que rompam com o governismo, legalismo e corporativismo. Só nos unindo pela base e pelas lutas de fato conseguiremos reverter essa situação, nos solidarizarmos de maneira efetiva com as lutas internacionais e alcançar, de pequena vitória à pequena vitória, grandes conquistas. Avante!

GOVERNO CABRAL QUER TRANSRMAR AS ESCOLAS EM PRISÕES




No início de Maio, o Governo do Estado-RJ começou a implementar o PROEIS(Programa Estadual de Integração da Segurança) que é um convênio entre a Secretaria de Estado de educação e a Secretaria de Estado de segurança. Nós estudantes estamos portanto diante de mais um ataque aos nossos direitos, assim como do evidente aumento da repressão à organização estudantil.
Este programa de governo promove a presença de policiais militares armados, dentro das escolas. A mesma PM que assassina jovens  trabalhadores nas favelas e periferias, que arromba a casa de moradores inocentes, que mais mata no mundo, é a que estará diariamente patrulhando os corredores de nossas escolas. 90 unidades escolares foram inicialmente  escolhidas(com o conhecimento dos Diretores) para iniciar o programa. Essas escolas concentram estudantes pobres, filhos de trabalhadores e muitos moradores de comunidades, isso demonstra a extensão da vigilância repressiva contra o povo ,desde suas casas ate as escolas. A juventude da classe trabalhadora é tratada como um risco constante.

A PM nas escolas poderá revistar os estudantes e até intervir em casos de Bullyng, mas alertamos que existem profissionais especializados para isso, como assistentes sociais, psicólogos, orientadores educacionais, dentre outros, que não incluem a polícia, ou seja ao invés do Governo investir em contratação de profissionais qualificados e melhor estrutura para as escolas e a educação como um todo, trata as escolas como depósito de jovens  e a educação para os pobres como caso de polícia. Esse é mais um absurdo que não podemos permitir!

Estão sendo gastos 2 milhões em policiamento, enquanto escolas caem aos pedaços, faltam professores e pessoal técnico-administrativo, baixos salários,enfim péssimas condições de ensino e trabalho.
Nesse sentido, este acordo representa a total militarização de nossas escolas, a contínua perda de autonomia da comunidade escolar  (já em risco com o SAERJ e Saerjinho), o cerceamento da liberdade de expressão e organização dos trabalhadores e estudantes.
Devemos repudiar tal convênio e lutar pela sua revogação imediata.
Revistar estudantes não! Não podemos permitir o constrangimento forçado, ou seja devemos continuar a nos organizar e manter firme os Grêmios estudantis, iniciar uma campanha por investimento pra educação e não pra repressão e exigir a saída da polícia de nossas escolas já!

Abaixo o PROEIS!
Fora a Polícia das Escolas!
Dinheiro para educação e não para a repressão!

A SITUAÇÃO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL


A educação brasileira encontra-se em um quadro lastimável. Caminha cada vez mais para a privatização. Seja diretamente, via financiamento das universidades privadas ou indiretamente com ampliação da participação e direcionamento das empresas nas pesquisas universitárias. Para conseguir realizar estas reformas o governo petista contou com apoio da UNE e CUT, e iniciou uma ofensiva contra a Universidade Pública brasileira, ainda elitista, dourando seus programas de democráticos. Agora o desgaste do verniz começa a mostrar a verdadeira face do projeto educacional da aliança do governo com empresários da educação, industriais, UNE e CUT.