domingo, 9 de março de 2014

DA LINHA DE FRENTE NINGUÉM ME TIRA! 8 de Março – Dia Internacional da Mulher Trabalhadora

O capitalismo apenas concedeu às mulheres trabalhadoras a dupla-exploração e a superexploração. Ao passo que aumenta a participação das mulheres no mercado, cresce a informalidade\precarização entre elas. Essa tendência se intensifica em função da Copa, com as remoções e a especulação imobiliária, o deslocamento dos postos de trabalho, a instabilidade no emprego e o arroch­o salarial, que empurram ainda mais a mulher trabalhadora para a informalidade. As mulheres constituem grande parte do proletariado marginal e sendo parte da classe trabalhadora e oprimida, se indigna e luta.
Desde o início das jornadas de ju­nho em 2013 é nítida a predominância da estudantada e proletariado marginal nas ma­nifestações; logo, também é notória a parti­cipação das mulheres nos atos mais combati­vos e na linha de frente destes, atuando de forma intensa, contínua e crescente nas ruas, assumindo tarefas cada vez mais ousadas e ofensivas.
 Nas manifestações é evidente que os agentes de repressão do Estado têm como alvo tático as mulhe­res. Ademais da re­pressão violenta e generalizada nos atos, as detenções das ma­nifestantes, via-de-regra, são acompa­nhadas de assédio e abuso sexual, além de depreciação misó­gina. O Estado, reco­nhecendo nas mulhe­res uma ameaça ao sistema de exploração-opressão, tratou de recrutar um enorme con­tingente de policiais femininas, neo-capitãs do mato, para atuarem objetivamente contra as mulheres do povo.
Os inimigos de classe e seu "femi­nismo" burguês, apoiando-se e apoiados pela mídia (burguesa) de massa, ansiosos por en­quadrar as mulheres num ideal de feminili­dade, assustam-se ao ver corpos femininos reincorporando a agressividade e combativi­dade que a sistemática domesticação bur­guesa (e patriarcal) tentou aplacar. 
No campo, historicamente, as mulhe­res desempenharam papéis decisivos na luta pela terra. São incontá­veis as lideranças cam­ponesas mulheres atu­antes e alarmante é o número destas assassi­nadas pelo Estado e pelo latifún­dio\agronegócio. Tam­bém, nota-se que na medida em que os dife­rentes povos indígenas reconhecem a impor­tância da mulher não apenas na organização interna de suas comunidades, mas na for­mulação de estratégias de luta por direitos e território, avançam mais consistentemente em direção aos seus objetivos. Ao longo dos últimos anos, as mulheres indígenas vêm se destacando como referência política inclu­sive para os não-índios.  
A cultura da subserviência sexual e de violência doméstica\familiar também servem como dispositivos de amansamento da mu­lher proletária, consequentemente são ferra­mentas de dominação de classe. Portanto, é preciso apontar que o opressor machista age indiretamente em favor dos exploradores. Neste sentido, é urgente combater o ma­chismo que se manifesta também no seio da classe trabalhadora. Ele age para nos divi­dir. Não se pode reivindicar o classismo sem incorporar a luta pela emancipação inte­gral da mulher (econômica, política, sexual, cultural e etc.). O povo só se liberta quando todas suas frações e grupos se libertam.
Nos primeiros grandes atos de 2013, parte dos manifestantes, tomados por senti­mentos paternalistas, clamavam às comba­tentes que recuassem. Mas, com a progressão dos atos e com a intransigência destas mu­lheres, que não admitem serem me­ras espectadoras de suas próprias batalhas, coube aos homens dizer “Avante, lutadoras!” e marchar ao lado delas, confiantes, ombro-a-ombro, rumo à emancipação integral do proletariado e de suas frações marginais.
“Da linha de frente ninguém me tira” é a resposta das mulheres combativas ao Es­tado e ao machismo. Não basta apenas mo­bilizar as mulheres para que tomem as ruas, mas exigir dos homens que as reconheçam como companheiras de luta e heroínas do povo, que as respeitem e que se solidarizem a elas, em toda parte e sempre. Homens e mulheres trabalhadoras: somos uma só classe!




Avante mulheres Black Blocs!
Pela construção de comitês de autodefesa das mulheres!
Combater o machismo é tarefa revolucionária!
NÃO VAI TER COPA!!!

ASSINAM ESSE MANIFESTO:
Fórum de Oposições pela Base – FOB
Rede Estudantil Classista e Combativa – RECC
Aliança Classista Sindical – ACS
Oposição de Resistência Classista – ORC
Coletivo Aurora
Liga Sindical Operária e Camponesa – LSOC

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

28 de Março - DIA DE LUTA DOS ESTUDANTES

28 de Março - Dia de Luta dos Estudantes


O ano de 2013 ficou marcado por intensas revoltas, surgidas a partir de junho, e que tendem a aumentar, esboçando o descontentamento da classe trabalhadora com as injustiças do capital e os megaeventos que serão realizados, enquanto os direitos básicos da população são negados. As manifestações foram respondidas com grande repressão, trazendo-nos à memória imagens semelhantes as do período da ditadura militar, dos conflitos de resistência do povo contra a polícia e o capital.

Neste ano completam-se cinquenta anos do golpe militar, que deu início a um longo período de intensa repressão, que torturou e assassinou diversos trabalhadores e estudantes. Após o golpe, ocorrido em 1º de abril de 1964, o PCB, maior partido da esquerda no período, não planejou nenhuma resistência, mantendo-se no discurso da disputa dos aparatos legais. Descontentes com a política pacifista e legalista do partidão, trabalhadores e estudantes criaram diversas organizações armadas, com o objetivo de resistir e  derrubar a ditadura.

No dia 28 de março de 1968, durante uma manifestação que ocorria no restaurante Calabouço – restaurante estudantil do Rio de Janeiro, foi assassinado o estudante secundarista Edson Luís, de 18. Com o ocorrido, diversas manifestações eclodiram por todo o país, em resposta ao assassinato do estudante e aos quase quatro anos que já duravam a ditadura militar no Brasil. O ano de 1968 ficou marcado pela ampla resistência estudantil contra a ditadura, e o dia 28 de março foi o marco inicial do estopim nacional. Nesse sentido, o dia 28 de março deve ser celebrado como o Dia Nacional de Luta dos Estudantes, em homenagem e memória não só ao estudante Edson Luís, assassinado naquela data, mas à todos os estudantes que deram seu sangue no bravo enfrentamento contra o regime militar.

O Dia Nacional de Luta dos Estudantes será celebrado pela RECC, com um evento realizado todos os anos em diversos estados, a Semana Nacional Classista e Combativa. A SNCC tem o objetivo de homenagear todos os trabalhadores e estudantes que deram suas vidas na luta contra a ditadura, levantando a necessidade de retomarmos a combatividade nas lutas atuais, como foram as jornadas de junho. O Junho de 2013 trouxe o espírito da luta dos estudantes contra a ditadura, desta vez contra um sistema opressor e explorador, que privilegia a copa do mundo enquanto o povo morre afogado nas enchentes no centro-sul, ou na seca que assola o nordeste do Brasil. Os Black Bloc´s, compostos em sua maioria por estudantes e trabalhadores precarizados, trazem a mesma composição dos grupos guerrilheiros no Brasil dos anos 60/70, e o mesmo sentimento de um povo que luta.

O CAPUZ É O ROSTO DE UM POVO QUE LUTA!
EM MEMÓRIA E JUSTIÇA AOS MORTOS PELA DITADURA!
NÃO ESQUECEMOS NEM PERDOAMOS!

EDSON LUÍS??? PRESENTE!!!

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Estudantes e Servidores do Colégio Pedro II OCUPAM a Direção Geral da escola !

Ocupação de Estudantes e Servidores do CPII demonstra que a greve se faz na LUTA!
Ontem(01/08/2012) mais de 100 estudantes e servidores em greve ocuparam o gabinete da Direção Geral da escola, a ação foi necessária para exigir que a atual diretora substituta, Profª Maria Helena atenda a pauta interna de reivindicações do movimento grevista,que tem como eixos centrais: a suspensão do calendário escolar de 2012 e a manutenção do processo eleitoral para escolha do novo diretor-geral do colégio.
 Os estudantes e servidores estão em greve desde Junho, fazendo parte de um grande movimento de trabalhadores da educação federal que encontra-se em greve nacionalmente. Diante de diversas "enrrolações" e verdadeiros "engodos" que o Governo Federal vem apresentando como proposta, para tentar acabar com a greve, sem atender aos anseios do movimento, foi necessário que os estudantes e trabalhadores dessem respostas radicalizando os atos em Brasília e localmente. Ocupações de gabinetes, atos de rua radicalizados, etc... são as formas de luta que fazem aqueles que estão no poder recuar, portanto é importante manter esse espírito de luta para garantir o atendimento das reivindicações.
No caso da Ocupação da DG do CPII, a garantia da pauta de reivindicações interna é tanto para a democracia intarna do colégio, quanto parte da greve nacional, até porque desde a diretora anterior e mesmo a atual, vem atuando como mera correia de transmissão do que o governo federal e MEC exigem, idependente  da comunidade do colégio. Nós da RECC damos nosso apoio total ao movimento de greve e ocupação que esta em curso e alertamos para que não se confie em Diretorias ligadas ao Governo, pois estes farão de tudo para acabar com o movimento.

SEGUE A PAUTA DE REIVINDICAÇÕES:
1 – Suspensão do Calendário Escolar de 2012;
2 – “Não ao golpe!”, pela manutenção do calendário eleitoral do CPII;
3 – Política de formação que valorize o servidor;
4 – Uma nova política de liberação para estudos que atenda às reais demandas do conjunto
dos servidores;
5 – Qualquer nova expansão de unidades escolares ou modalidades de ensino deverá ser
amplamente discutida com a comunidade escolar e deliberada pelos fóruns superiores do
Colégio Pedro II;
6 – Climatização dos espaços de ensino e aprendizagem do Colégio Pedro II, com
cronograma de implantação.
7 – Isonomia entre a carga horária dos docentes da educação infantil e a carga horária dos
demais segmentos de ensino;
8 – Audiência pública para discussão da carga horária docente;
9 – Regulamentação das 30 horas de trabalho dos TAEs, através de portaria;
10 – Contra qualquer forma de discriminação de caráter homofóbico, machista e/ou racista;
11 – Atendimento das reivindicações dos profissionais da Educação Infantil, bem como dos
demais trabalhadores, para o atendimento das condições mínimas de trabalho;
12 – Maior agilidade nos processos de progressão funcional (por titulação ou tempo de
serviço), liberação para estudos, pedidos de Dedicação Exclusiva, etc;
13 – Apoio às reivindicações do movimento estudantil do CPII.

AVANTE A LUTA DOS ESTUDANTES E SERVIDORESDO CPII!!!
GREVE GERAL NA EDUCAÇÃO!

domingo, 1 de julho de 2012

A Reforma do Ensino Superior


A Reforma do Ensino Superior
A reforma do Ensino Superior começou com aprovação das seguintes medidas: 1) O projeto de Parceria Público Privado (Lei 11079/2004); 2) a legalização das fundações; 3) o Programa Universidade Para Todos (PROUNI), Lei 11096/2005, que paga as Universidades Privadas bolsa para estudantes pobres e ainda abona essas de pagarem impostos; 4) o projeto de lei 3476/2004 (Lei de Inovação Tecnológica); 5) o Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (SINAES), Lei 10861/2005, que através do ENADE, procura avaliar os alunos e as universidades através de critérios meritocráticos e estabelecido de forma anti-democrática.
As cinco MP’s aprovadas têm como objetivo único adequar as estruturas universitárias às demandas das corporações. Isso quer dizer que com essas leis as universidades passam a atuar como parceiras das empresas, no desenvolvimento de pesquisa a preço menores e na formação de uma mão de obra qualificada e “pacífica”, adestrada, naqueles centros de excelência. Na prática as cinco leis, funcionam interligadas.
O “Grand Finale” seria o anteprojeto da Lei Orgânica do Ensino Superior, o Projeto de Lei nº 7.200/2006, que tramitava no Congresso Nacional em regime de urgência a pedidos da governista UNE, resultado das discussões entre a UNE, MEC, CUT e os empresários (FIESP, FIRJAN, CNI), mas não foi aprovado na câmara, devido a desacordos entre ministérios e entre as duas frações burguesas sobre a política educacional. Todas estas medidas não foram capazes de mexerem na arquitetura acadêmica.
Como outra tática política para encaminhar a reforma e reformular a estrutura acadêmica das universidades governo criou em 2007 o Projeto Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), também chamado de Universidade Nova, que mantinha o pilar da lei orgânica, ou seja, o chamado Ciclo Básico de Ensino e maior possibilidade de investimento privado com total controle das empresas. O ano de 2008 serviu para aprovar as medidas. O objetivo era mudar a estrutura acadêmica e retirar poder dos departamentos, centralizando ainda mais. Entretanto, o projeto aumentou poderes departamentais, comprando vários professores em torno de mais verbas, tão escassas no período FHC, e manteve intacta a antidemocrática estrutura eleitroral na proporção 70-20-10.
Em nível nacional temos a continuidade da aprovação do novo Plano Nacional de Educação (PNE) que promete abrir cada vez mais espaço para o setor privado, inclusive com financiamento público. A MP 520 foi aprovada e logo a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) estará em ação, simbolizando uma gigantesca derrota para o setor docente, sindical e estudantil. Esta empresa, uma grande “fundação” de direito privado, abrirá os Hospitais Universitários de todo o país para convênios privados, dará continuidade à contratação flexibilizada e precarizada de servidores além de gerir pólos de pesquisa, ensino e extensão públicos que são os Hu’s.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

SEM O PASSE LIVRE DE VERDADE ESTAMOS SOFRENDO A GUETIFICAÇÃO



As cidades contemporâneas, e as não tão contemporâneas, são construídas em cima de uma base de exploração de mão-de-obra e de elitização que exclui a grande maioria dapopulação do acesso a serviços e bens sociais indispensáveis para a vida, lazer, saúde, emprego e bemestar em geral. É evidente e fácil de observar e entender isso ao visitar um bairro pobre, para começar, é longe, àsvezes é necessário mais de um transporte, o que não é barato e tem péssima qualidade e é aí que a falta de umpasse livre colabora para a formação de guetos.


A classe trabalhadora é expulsa para as áreas distantes e sem infraestrutura por uma força de mercado. Uma vez que o direito a moradia se torna privilégio devido a sua mercantilização os setores mais explorados moram nos piores lugares pois esses são mais baratos. Essas pessoas estão condenadas pela sociedade a viver assim até a morte,aliás, a morte não, vivos geram mais lucros através de seu trabalho, impostos e consumo. Se bem que pode-se cobrar para mante-los vivos e saudáveis.


Então, além de morarem nos piores, mais violentos(violência reforçada pela brutalidade policial, muito bem
direcionada para este lugar estigmatizado) e mais afastados(espacialmente e socialmente) lugares, essas pessoas são impedidas pelo sistema de transportes de sequer pisar onde moram os ricos ou onde a oferta dos bens sociais estão. Esse é mais um argumento, entre tantos outros, que justificam a necessidade IMEDIATA do passe-livre e de um transporte público EFETIVAMENTE PÚBLICO, ou seja, de graça, principalmente para estudantes, desempregados e outros setores que sofrem mais com isso.Transporte bom e de graça não acontece, não por que é impossível economicamente (economia de quem, aliás?Não para essas pessoas), mas por uma decisão de governo que tem seus interesses completamente atrelados e em uníssono com a máfia agressiva e lucrativa das empresas detransporte no País. É em benefício financeiro e político dessa máfia que os transportes são caros e horríveis. No aspecto mais geral isso beneficia todo o sistema de acumulação de capitais assim como toda a medida que ataca o direito e bem-estar dos trabalhadores e os condenando a prisão em céu aberto que é o gueto, pelo simples crime de nascer pobre.

Não precisa ser assim. É necessário modificar isso, para nós trabalhadores, é indispensável quebrar mais essa corrente.Há um inimigo, essa máfia não abrirá mão facilmente de seus privilégios retirados de nosso sofrimento, ela precisa ser desmantelada e qualquer acordo com ela nos trairá posteriormente, como tem sido sempre. É uma necessidade deles aprofundar essa situação para não ficar para trás nos negócios e, assim, deixar de existir enquanto máfia.
A arma que nós temos é a disposição e a solidariedade e clamamos a você trabalhador que seja solidário e se ponha à disposição dessa luta.

PASSE LIVRE JÁ!
GUETO É PRISÃO!
MEIO PASSE É ENGANAÇÃO!
ABAIXO A MÁFIA DOS TRANSPORTES!



ORGANIZAR PRA LUTAR, LUTAR PRA ORGANIZAR!


A atual greve da educação federal traz desafios para o movimento estudantil em um contexto que a principal entidade estudantil, a União Nacional do Estudentes (UNE), está alinhada com o governo Federal, apoiando todos seus programas de reforma do ensino, e se portar como uma secretaria de juventude do governo. Como resposta a este processo de degeneração da UNE, já em curso nos anos 90 e consolidada durante o governo Lula, que se inicio a construção da Rede Estudantil Classista e Combativa (RECC). Neste sentido, a GREVE deve servir para: 1) avançar na luta pelas demandas dos estudantes, fundamentalmente, de origem trabalhadora; 2) aumentar sua organização e 3) avançar nas práticas de ação coletiva em aliança com outros trabalhadores. 
            É fundamental nos organizamos e termos disposição para a luta. A RECC se propõe, enquanto corrente do Movimento Estudantil brasileiro, reorganizar pela base o estudantado sob novos eixos, opostas às concepções e direções governistas (PT/PCdoB- UNE) e para-governistas (PSTU/PSOL/PCB) que atualmente o hegemonizam. Guiando-se pelos princípios do classismo, anti-parlamentarismo e anti-eleitoralismo, AÇÃO DIRETA, autonomia frente a partidos, governos e empresas, e democracia de base, a RECC vem se construindo e crescendo pouco a pouco mas firmemente por quase 3 anos nos nosso locais de estudo. Acreditamos que está provado pela prática, o quanto o modelo organizacional burocrático e eleitoreiro/parlamentar são incapazes de servir de instrumento de luta para os estudantes de origem proletária para tirarmos a educação das mãos dos capitalistas e colocá-la a serviço dos trabalhadores e de nossa causa, numa aliança que só trará vitória e mais força para aplacar os inimigos. Da mesma forma, não demonstram sucesso as linhas políticas orientadas para atender a todos os estudantes oriundos de todas os grupos sociais na universidade, o que chamamos de POLICLASSISMO, estes sintetizados pela ultra-governista UNE, e pela débil e vacilante oposição da ANEL. É preciso que os estudantes pobres, filhos de trabalhadores, os estudantes trabalhadores, se unam numa perspectiva DE CLASSE, trabalhadora, dentro da universidade.
                Convidamos todos/as a construir conosco um grande pólo anti-governista capaz de resistir ativamente aos ataques do capitalismo e de seu Estado! Convocamos os estudantes e lutadores do povo a juntar-se a nós, organizando-se em cada local de estudo pelo Rio de Janeiro, em cada luta específica ou geral, aplicando os princípios e práticas que rompam com o governismo, legalismo e corporativismo. Só nos unindo pela base e pelas lutas de fato conseguiremos reverter essa situação, nos solidarizarmos de maneira efetiva com as lutas internacionais e alcançar, de pequena vitória à pequena vitória, grandes conquistas. Avante!

GOVERNO CABRAL QUER TRANSRMAR AS ESCOLAS EM PRISÕES




No início de Maio, o Governo do Estado-RJ começou a implementar o PROEIS(Programa Estadual de Integração da Segurança) que é um convênio entre a Secretaria de Estado de educação e a Secretaria de Estado de segurança. Nós estudantes estamos portanto diante de mais um ataque aos nossos direitos, assim como do evidente aumento da repressão à organização estudantil.
Este programa de governo promove a presença de policiais militares armados, dentro das escolas. A mesma PM que assassina jovens  trabalhadores nas favelas e periferias, que arromba a casa de moradores inocentes, que mais mata no mundo, é a que estará diariamente patrulhando os corredores de nossas escolas. 90 unidades escolares foram inicialmente  escolhidas(com o conhecimento dos Diretores) para iniciar o programa. Essas escolas concentram estudantes pobres, filhos de trabalhadores e muitos moradores de comunidades, isso demonstra a extensão da vigilância repressiva contra o povo ,desde suas casas ate as escolas. A juventude da classe trabalhadora é tratada como um risco constante.

A PM nas escolas poderá revistar os estudantes e até intervir em casos de Bullyng, mas alertamos que existem profissionais especializados para isso, como assistentes sociais, psicólogos, orientadores educacionais, dentre outros, que não incluem a polícia, ou seja ao invés do Governo investir em contratação de profissionais qualificados e melhor estrutura para as escolas e a educação como um todo, trata as escolas como depósito de jovens  e a educação para os pobres como caso de polícia. Esse é mais um absurdo que não podemos permitir!

Estão sendo gastos 2 milhões em policiamento, enquanto escolas caem aos pedaços, faltam professores e pessoal técnico-administrativo, baixos salários,enfim péssimas condições de ensino e trabalho.
Nesse sentido, este acordo representa a total militarização de nossas escolas, a contínua perda de autonomia da comunidade escolar  (já em risco com o SAERJ e Saerjinho), o cerceamento da liberdade de expressão e organização dos trabalhadores e estudantes.
Devemos repudiar tal convênio e lutar pela sua revogação imediata.
Revistar estudantes não! Não podemos permitir o constrangimento forçado, ou seja devemos continuar a nos organizar e manter firme os Grêmios estudantis, iniciar uma campanha por investimento pra educação e não pra repressão e exigir a saída da polícia de nossas escolas já!

Abaixo o PROEIS!
Fora a Polícia das Escolas!
Dinheiro para educação e não para a repressão!